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11 de abr. de 2012

■ Commando: Um lobo no campo de batalha!

De volta aos anos 80!
Esse título realmente é impactante!
O jogo Commando foi lançado em 1985 pela conhecida empresa Capcom. Mas isso pode ser considerado como uma "jogada de marketing". Por que? Bom... Vamos começar com uma explicação, no mínimo, interessante:



Na década de 70 e 80, vivemos uma época de medo, graças a ameaça de uma guerra fria que envolvia duas super grandes potências: EUA e URSS (A antiga União Soviética). Graças a isso, inúmeras "peças de arte" foram produzidas, sempre relacionadas com a ameaça iminente dos "grandes inimigos" do mundo, os 'Tovarischs' e os 'Amarelos'. Muitos artistas surgiram pra este tipo de filmes, criando um estereótipo muito peculiar (geralmente atores bombados acéfalos). E quem, em sua santa ignorância, imaginaria que um deles se candidataria a governador da Califórnia...

      Trailer do filme Commando (Comando para matar - 1985)

Na crista da onda 
Não seria absurdo pensar que, nos videogames - um mercado que estava em amplo crescimento, não aproveitaria da chance criada, certo?

Na mesma data de lançamento do filme, a Capcom lançou um game de ação entitulado Senjõ Õkami (quando se tem um traço acima da vogal "O", pronuncia-se ENCOMPRIDANDO a letra. No caso, soaria como "oo", ou pra quem não tem tanta prática, ficaria algo parecido com "ooo", o que não muda praticamente em nada a explicação). A tradução do título ficaria algo próximo a "Lobo no campo de batalha". Traduzindo por partes: Senjõ / Senjoo = Batalha (tradução simples) / campo de batalha(em uma tradução mais completa), Õkami / Ookami (lobo). Agora que já mudamos a sua vida com essa explicação inútil, vamos adiante.^^

Desde o seu lançamento, em maio de 1985,  Senjõ Õkami cativou milhares de fãs e fez um enorme sucesso na terra do sol nascente. Seguindo o roteiro original, o soldado desconhecido (consequentemente, sem nome nenhum) desce de seu transporte aéreo, supostamente em uma região parecida com a Coreia ou Vietnam, para atacar os inimigos e tentar resgatar os MIAs (Missing in Action / Desaparecidos em Ação), em uma aventura dividida em 8 fases, lotadas de soldados bicolor ensandecidos, prontos para acabar com sua raça.

O mais impressionante de todo o jogo era a ação imposta ao jogador: Você tem que controlar um personagem que NÃO TEM DIREITO a outras armas, e terá que se contentar apenas com uma metralhadora com munição infinita (igualzinho aos filmes que tem um 38 com mil balas....), granadas (se não me engano, tinha uma quantidade fixa, por vida e por fase) e com inimigos que surgem em posições aleatórias. Durante a aventura a ação rola solta, com os inimigos vindo de carros, motos com side car (alguns passando por cima de pontes e jogando granadas em você =o) e outros clichês, mas esses eventos tem seus pontos de decoração, já que são fixos no jogo inteiro.

Commandos só não saiu pra mini game porque na época eles não tinham capacidade de processamento,. porém foi convertido para uma RENCA de videogames e computadores:

       Sinclair ZX Spectrum

       Intellevision

       Atari 2600

       Commodore AMIGA

E por aí vai...

Agora, vamos começar com a primeira continuação:

MERCS (MERCS II / Senjõ no Õkami II)
Lançado em 1990, MERCS cria uma atmosfera próxima ao estilo do jogo original, mas destoando um pouco de sua.... Ehhhh... "História original". A aventura começa com 3 mercenários do time Lobo (Wolf / Õkami) descendo de seu transporte aéreo (o velho e bom helicóptero) para fazer um "cup d'état" (a deposição ilegal de um déspota utilizando ataques guerrilheiros para se fazer uma troca de governo forçada) na fictícia nação africana de Zutula, região que vive sob o regime forçado do Apartheid. O jogo conta com 6 fases, mais o embate final, onde os mercenários tem que deter a decolagem de um avião Hércules para resgatar o presidente.


Jogabilidade apurada
A jogabilidade segue o estilo vencedor da primeira versão, com a adição de armas (sim, você tem troca de armas para "sanguinolizar" o povo mais fácil) e a utilização de veículos, como Jipes. 


A primeira vista, o estilo de visão do jogo aparenta ter sido modificado, mas singularmente, a diferença reside numa qualidade gráfica mais apurada, que permitiu a criação de scrolls laterais e  diagonais, criando uma nova dinâmica às fases. Outra diferença marcante é a criação de uma trilha sonora dedicada a cada estágio, variando também nos seus chefes.

Esse jogo teve versões para videogames caseiros e computadores pessoais, com perda mínima de qualidade (notavel apenas no Mega Drive / Genesis, sob a diferença que você só tem um guerreiro, ou seja, só joga de uma pessoa). NÃO ESTOU CONTANDO A VERSÃO ZX SPECTRUM!!! Apenas estou relacionando a diferença em videogames caseiros. Ok?

        Commodore AMIGA

        Sinclair ZX Spectrum

        Commodore C64

        SEGA Master System (quem diria!) 

E por aí vai....

Agora, vamos começar com a segunda continuação:
(dai, vcs perguntam: - E tem?!?' E eu respondo: - Infelizmente...)

Wolf of the Battlefield 3 - Commando 3
Essa "pérola" foi feita pela Blackbone Entertainment para o formato digital de distribuição para os novos videogames do pedaço (X360 e PS3), para serem comprados e "downlodeados" via XBOX Live Arcade e PSN. Segundo consta, as notas do jogo não foram tão más assim: Team Xbox mandou um 7/10, enquanto que a IGN mandou seu habitual 5.9/10.


Apenas de ver o video, eu mesmo digo que, se você não jogou, não está perdendo nada! Antes terem deixado as boas lembranças quietas, sem tentar fazer um caça-níqueis de uma franquia bacana (para os anos 80/90, claro!)

CURIOSIDADES
Como mencionado acima, o guerreiro do primeiro jogo não tinha um nome. Porém, graças a "criatividade" da Capcom no lançamento do jogo Bionic Commando, eles chegaram a mencionar que Bionic Commando é uma pseudo-continuação do jogo Commando, batizando o infeliz guerreiro de Super Joe.

Então, segundo a cornologia normal:

■ Commando
■ MERCS II
■ Wolf of the Battlefield 3

Segundo a cornologia da CAPCOM:

■ Commando
■ Bionic Commando
■ MERCS II
■ Street Fighter II, Champion Edition, Special Champion Edition, Final Fight, Street Fighter Rainbow Edition, ■ Street Fighter 2010, Altered Beast, 1942, Thunder Force III, R-Type LEO, Elevator Action....

Sobre a coincidência dos nomes do filme e do jogo: Muita gente afirma de carteirinha que o jogo foi a peça principal para se criar o filme. Ainda bem que o criador de desesperos cinematográficos baseados em jogos (leia-se: Uwe Bol) não tinha nem ideia pra isso.

2 comentários:

Joguei muito o primeiro jogo. Era sensacional para época! E não sabia que o jogo tinha sido referência para o filme. O legal é que o filme é muito bom, assim como o jogo.

Continuem com o trabalho. As matérias estão ótimas.

A versão do Intellevision é um verdadeiro lixo nuclear. Ta LOKO.

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